Pages

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Valor.

Eu espero que isso acabe. Essa coisa que eu sinto. Não por eu repulsar, mas pelo fato de que não posso sustentar algo que me traga dor, tristeza, algo assim. Todos me dizem que vai acabar, que no momento certo esse sentimento vai se esvair, deixando apenas uma vaga lembrança, tão distante que não poderá ser resgatada. Mas será que isso mesmo vai acontecer? Que isso deve ser assim? Pensar dessa forma é doloroso, porque significa um pequeno fiapo de esperança, que continua ali, junto àquela vestimenta, mas a qualquer minuto, a qualquer segundo, temos que cortá-lo. Temos que retirá-lo, porque ele incomoda, perturba, então, o melhor é simplesmente deixá-lo ir. Eu não queria que fosse assim, mas não sou eu que comando as coisas por aqui, simplesmente pelo fato que essa decisão não engloba somente a mim. É difícil. É inevitável.
Mas quem sabe se esse amor eterno, que várias pessoas hoje em dia dizem nutrir por alguém, é mesmo real? Hoje em dia, esse tão valorizado e, ao mesmo tempo, difamado amor eterno não dura mais que quatro meses. É assim mesmo.  As pessoas ainda não são capazes de saber o que querem. Elas simplesmente acham difícil demais e então largam de mão. Mas, afinal, quem quer dificuldade na vida? O fato é que se não houver obstáculos, não há vida. Ponto. Comecemos daqui então. Comecemos criando força para superá-los, porque eles não vão ser destruídos sozinhos. Garanto.
Hoje me pergunto por que eu escrevo. Posso redigir os mais belos e convincentes argumentos, mas não o bastante para mudar a opinião de alguém. E não quero mudar. Aperfeiçoar. Sim. Talvez, essa seja a palavra correta. Entretanto, eu não escrevo esses textos para expor, eu os crio para mim. Se servir para os outros,então é ótimo, não é?
Se as pessoas começassem a dar valor às coisas certas, talvez fosse diferente.
(Valéria C.)

0 comentários:

Postar um comentário