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sábado, 18 de dezembro de 2010

My dear diary

Querido diário,
                            Essa é a primeira vez que escrevo em você, devido ao acidente trágico que houve com meu antigo diário. Sem mencionar profundos detalhes, digamos que, ele caiu na churrasqueira no domingo passado. Vamos dizer que fora um acidente, mas eu aprendi rápido que diários devem ficar muito escondidos. De qualquer forma, meu nome é Katlyn. Katlyn Carter. Sou uma menina normal, bom, de certa forma acho que sim. Tirando alguns acontecimentos do meu passado, como o triste fim do meu relacionamento com Marcus. Ah, isso é uma bela história... Para quem não a presenciou, claro.
                          Faz exatamente seis meses que acontecera tal episódio, até hoje algumas dúvidas me rondam. Eu o conheci em um bar, em San Diego. Não pergunte-me o porquê da minha presença em um lugar como esse. O fato é que nos conhecemos e, começamos um romance. O.K. Estávamos completamente bêbados e chapados, mas digo que no dia seguinte, quando encontrávamos sóbrios, nós nos acertamos. Ah, tudo ocorreu perfeitamente desde esse dia. Bom, omitindo algumas discuções de relação e, alguns deslizes, ah, sem esquecer que Marcus adorava forçar uma barra.
                         Lembro-me que já estávamos há um bom tempo juntos, mas nada de Marcus me pedir em namoro. Algo me fazia pensar que ele estava me enrolando de uma forma cretina, mas talvez eu gostasse realmente dele para deixá-lo. Um dia, o qual eu pensei que fosse o apocalipse, Marcus chamou-me para um encontro. Eu fiquei em êxtase, porque meu nem um pouco inteligente namorado nunca me chamava para um encontro, normalmente o máximo que ele falava era: “vamos sair?”. Mas dessa vez ele mencionou a palavra “encontro”, acredite, quando relacionado a Marcus, isso é uma boa noticia.
                         Ele indicou que fôssemos ao Bar onde nós nos conhecemos. Devo admitir que, fiquei esperançosa e feliz. Ele estava chamando-me para um encontro e, logo no recinto onde nos vimos pela primeira vez, era óbvio – quase – que ele finalmente tomaria vergonha na cara e, pararia de me enrolar, me pedindo logo em namoro. Chegamos ao local desejado e, ficamos em choque ao vê-lo. O bar estava uma verdadeira balburdia. Não que antes ele fosse um lugar agradável, o negócio é que ele estava umas quatro vezes pior. Marcus lançou-me um olhar ignorante, e deu de ombros, entrando pela minúscula porta do bar, mas antes que ele pudesse, é impedido por dois homens marrentos que começaram uma briga, justamente na entrada! Marcus afastou-se dos dois grandalhões e, novamente olhou para mim. Eu perguntei: “E agora?” Ele não respondeu, apenas olhava em volta à procura de alguma coisa, quando ele apontou para a janela do lugar. “Ah, você está brincando.” – Eu murmurei, enquanto minha face tomava expressões perplexas. “Nós não viemos até aqui para nada, vamos Katlyn, pare de bobeiras.” – Ele respondeu suspirando, enquanto dirigia-se àquele “buraco na parede”. Bom, o que eu fiz? Apenas revirei os olhos e o segui. Ele estava com as chaves do carro, eu que não voltaria para casa a pé, então o jeito era seguir o “senhor ignorância” ali.
                       Finalmente chegamos àquela miséria. Puxa! Eu estava cansada. Nós dois nos sentamos à mesa mais afastada daquela palhaçada que se tornou esse lugar. Bom, na verdade era para termos sentado à mesa onde nos sentamos naquela época, mas Marcus achou idiotice e também porque a mesa estava partida ao meio. Quando fez uns 10 minutos que estávamos ali, Marcus mencionou que queria fazer-me uma pergunta. Eu já radiante, respondi-lhe que sim; mas antes que qualquer pedido ocorresse, nosso momento foi atrapalhado por um dos dois grandalhões que vimos brigando na entrada. “Posso interromper?” – O homem perguntou com um tom de sarcasmo e cinismo visível, enquanto cutucava as costas do meu acompanhante. “Ah, mas que porr...” – Eu murmurei, sentindo o ódio correr em minhas veias, enquanto levantava da cadeira. O homem me encarou e deu uma risada alta e grossa. Bom, posso dizer que depois eu me irritei e comecei a ditar uns “elogios” muito descarados para o nosso amigo valentão ali. Ele não gostou nenhum pouco e, como obviamente não tinha cérebro ou raciocínio lógico, ele pegou uma cadeira e atirou em minha direção.
                       Terminou que, a cadeira acabou atingindo Marcus e esse desmaiou na hora. O cara realmente tinha bebido, porque errar um alvo naquela distância era burrice ou demência mesmo. Depois daquela noite, eu nunca mais vi Marcus. Lembro-me que o levei ao hospital. No outro dia quando fui visitá-lo, ele não encontrava-se mais lá. Nos dias que se seguiram, eu mandei-lhe mensagens e fiz ligações, mas nada! O desgraçado tinha evaporado. E assim terminou nosso “relacionamento”, sinceramente, não sei definir o que foi que houve entre nós dois.
                      P.S.: Eu nunca descobri se Marcus ia me pedir em namoro ou não. Aliás, nunca descobri o que ele queria indo na miséria daquele bar.
                     Dica: Nunca marque um encontro em um bar, as coisas podem não sair como esperadas. Ah, e nunca irrite um homem duas vezes maior que você e, com um peso cinco vezes superior.
                   P.S.2: Um dia desses, eu encontrei aquele grandalhão na lanchonete aqui perto de casa. Eu acenei para ele, mas este retribuiu fazendo um sinal muito com feio com as mãos.
                      By: Valéria c.

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