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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Contos de Russemontes - 7º História. Parte 2

       [...] Gallowey privara-se de retrucar, concentrando-se na luta a sua frente. Ele deslocara-se em uma velocidade impressionante, embora não se comparasse a dos demônios, fora o suficiente para alcançar o demônio ao lado direito de Vince e o encurralar, começando uma árdua luta. Gallowey sabia que era imprescindível o uso de luta corporal e, assim, chutes e socos viram-se presentes.
        Sophie percebera o primeiro passo dado por seu líder, e não tardou a juntar-se a ele, mas avançara sobre o maligno ser ao lado esquerdo de Vince. A luta da jovem herdeira divergia-se da luta de Gallowey pela ausência de toque corporal.  Não era possuidora, nem ao menos, de uma boa arte marcial, afinal, era apenas uma bruxa.
       Sobrara, então, para Rose o visível líder dos dois demônios anteriores, o qual chegara se pronunciando, Vince. Soubera de primeira que seria a pior luta, pegara logo o provável mais forte, mas a luta não estava perdida. Ela teria de abusar dos poderes amaldiçoados de vampiro que lhes foram concedidos.
        Rápida e cautelosa, Rose atacara Vince por trás, tentando lhe dá um soco, mas fora inútil, ele deslocara-se mais rápido, fazendo com que a vampira atingisse o ar e se desequilibrasse.
        Gallowey conseguira golpear seu adversário mortalmente, embora demônios fossem imortais, ele teria tempo de colocá-lo no círculo enfeitiçado, e assim o fez. Antes do mesmo conseguir colocá-lo totalmente na armadilha, o demônio feriu o mestre feiticeiro no ombro, abrindo um sério machucado, o qual sangrava e doía consideravelmente. Ele caiu nas raízes de uma árvore próxima, encostando-se em seu caule, enquanto tentava se recuperar para que conseguisse realizar o feitiço.
         Enquanto isso, Sophie arrancara a vantagem do demônio com quem lutava. Ele não transparecia ser forte e, muito menos, esperto. A herdeira, possuidora de grande habilidade, não tardara a prendê-lo no círculo, junto a seu companheiro.
        Tais vitórias interromperam a luta de Rose e Vince. Sentindo-se oprimido, o demônio lançara um olhar para as três presenças e adentrara na escuridão. Ofegante e cansada, Rose não tentara impedi-lo, por hora, seria melhor. Talvez, se a luta continuasse, ela não teria garantias de que venceria.
        -Devemos realizar o feitiço agora. – Gallowey balbuciou, levantando-se com dificuldade. - Os dois serão o suficiente. – Sibilou - Melhor do que nada.
        -Não parece estar em condições. – Sophie argumentou, enquanto apoiava o líder em seu ombro, ajudando-o a levantar. – Tentarei fazê-lo sozinha.
        -Mesmo que ousasse tal ação, é um feitiço que requer muito poder e – Ele retrucou com a respiração descompassada. -, mesmo que conseguisse, não tardaria a morrer.
         Sophie insistira, contudo, os argumentos de sua irmã e de seu líder a convenceram. Ela e Gallowey puseram-se em frente ao círculo e, com as mãos dadas e olhos fechados, começaram a recitar versos e palavras inteligíveis.
         Repentinamente, Sophie reabrira os olhos, arregalando-os, enquanto expirava pesado, como se possuísse dificuldades para respirar. Gallowey apertou os cílios e murmurou com o tom de voz baixo: “Premonição”
         Sophie Lançara um olhar furtivo para Rose e com uma expressão assustada, gesticulou um abafado:
        Fuja”
        Preocupada e surpreendida, Rose voltara o olhar para trás e paralisara-se com o medo. Fora rápido quando Vince aparecera sorrateiramente por trás da vampira, pulando em sua direção, enquanto segurava uma estaca de madeira, cujo alvo era o coração de Rose. Mas, para desagrado do demônio, tal objeto pontiagudo não atingira seu objetivo. Inesperadamente,fora interceptado por algo, ou, alguém.[...]
         By: Valéria c.

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